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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Janela de ônibus

domingo, 8 de julho de 2012

Das madrugadas



Sou bicho noturno, apesar de humano. Contrariando aqueles que pensam me conhecer muito, a preguiça que me habita é diurna. As madrugadas têm uma coisa diferente; elas me fazem pensar mais que dormir, quando o cansaço não me nocauteia. Até gosto porque imagino sagas infinitas meio sem sentido que me furtam da rotina entediante do mundo chato exigente da minha presença incondicional; reflito tudo o que não me é permitido quando preciso estar consciente do que me rodeia; olho para o teto e para as paredes verdes do meu quarto bagunçado; ouço música, corujas e silêncio, ah, e a gataria com insônia; faço companhia às páginas inéditas de livros interessantes; às vezes choro e acho graça por chorar; outras vezes rio, e rio mais ainda por rir. Escrevo sobre isso e me sinto tão bem. E penso mais, muito mais. Tanto que não daria tempo de contar antes de outra noite vir.

Sei que ninguém perguntou, mas eu quis escrever só pra preencher o espaço temporal que a madrugada aumenta no meu relógio. Por hoje, ela está só começando.

Adriane Ponte Cisne
23 de julho de 2011
01:21 A.M.

domingo, 13 de maio de 2012

Manhêêêê!!!


É tão clichê dizer “eu amo minha mãe” no Dia das Mães que chega banalmente a quase não ter um valor significativo. Expor esse amor por aí corre o risco de ter o mesmo preço baixo, pelo menos aos olhos alheios. Mas quando eu abro os meus e vejo a mulher mais forte na fragilidade própria dela todos os dias me acordando e sorrindo feliz às 6h da manhã com a empolgação naturalmente desapropriada para tal horário, sinto a admiração que nenhuma unidade de medida conseguiria mensurar, e sinto culpa por não dizer todos os dias o quão importante ela é para mim.

Então, na minha covardia, aproveito esse domingo já entardecido pra dizer que eu amo a senhora, mãe... Todos os dias, desde 21 de março de alguns anos atrás! E quando minhas orelhas ficam quentes e vermelhas de tanto serem puxadas e a sua chinela visita minha retaguarda (metaforicamente hoje em dia - =] ), ainda amo, porque sei que eu seria um lixo no mundo atual se a senhora não tivesse se preocupado comigo. Sei que às vezes minhas desobediência e arrogância se exagerem demais quando nós discutimos, mas entendo que a senhora ainda só quer que meu mundo seja bom pra se viver.

É do tempo que eu reclamo por sermos roubadas uma da outra quando tantas vezes passo correndo em casa sem olhar para os lados com a pressa de só comer e tomar banho, mas fico tranquila porque sei que a senhora está ao meu redor me esperando e me dando apoio de todas as formas para eu conseguir chegar ao fim do dia da melhor maneira possível. É quando o mundo me abre um pouco de espaço e me deixa sentar na mesa na hora do almoço com sobra de tempo para gargalharmos toneladas de besteiras juntas e soluçarmos como sobremesa coisas que só a gente entende que vejo esses dias perdidos fora de casa se esconderem insignificantemente no pretérito. E é com prazer que burlo vários dos meus afazeres diários só para estar em casa e viver tudo isso.

Mãe, mesmo sempre pedindo tanta coisa (principalmente por fazer parte da População Economicamente Gastadeira), sei que só preciso agradecer. Infelizmente nem todas as Zuleicas são iguais à senhora e nem todas as mães são iguais à Zuleica da minha vida, e é por isso que cada detalhe vivido na sua presença me faz pensar no quanto sou grata a Deus por ter feito da senhora a minha mãe, e não outra mulher qualquer. Por isso, desculpem-me os outros, mas a MELHOR MÃE DO MUNDO É MINHA!!

Adriane Ponte Cisne
13 de maio de 2012



(acho que a senhora tá online por aí, mas não suba agora pro meu quarto, senão eu vou chorar mais ainda.)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Falta do que nunca tive

Sinto falta de você que nunca tive
Tenho saudades de você que nunca conheci
Te odeio por não ter pressa em me procurar
Não vou te perdoar se demorar mais

Por isso não vou dizer que te amo
Mas deixo subentendido pra não desistires de mim


12 de junho de 2011