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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Fui adotada!

Mais uma real...

Há alguns meses, cheguei cansada da faculdade depois das 10 horas da noite e encontrei uma felina branquela na minha cozinha. Até aí, tudo normal... Gatos são enxeridos e invadem qualquer lugar que pareça ter condições de proporcionar nutrição. A diferença é que esta veio à procura de algo a mais!


Com medo de ela morrer de apnéia por miar sem um milésimo de segundo de intervalo, ofereci comida, mas, por ela me acompanhar depois do jantar até à sala pra assistir televisão comigo, acho que ela entendeu que eu estava oferecendo a casa! Até aí, tudo bem... Imaginei que ela quisesse retribuir o favor me oferecendo companhia. No dia seguinte, ela não apareceu... pelo menos não até o mesmo horário da noite anterior. Quando cheguei em casa novamente, lá estavam aqueles olhos azúis enormes pedindo bis. Pensei comigo: “mas é muita ousadia!”. Alimentei-a de novo. Skinner diria que eu estaria condicionando a aniMALA a voltar no mesmo horário para receber mais comida. Skinner estaria errado neste caso, porque ela aprendeu (não sei como) que a gente aqui em casa também tem hora marcada pra almoçar e que, se ela aparecesse, ninguém lhe negaria umas migalhinhas. Não demorou muito e dali a alguns dias a bichana já estava muito bem adaptada à casa e já sabia que haviam hamsters e peixes respectivamente em gaiolas e aquários para ela admirar, que a Lassie (the dog) não se importava muito com a presença dela em casa (a não ser por se sentir trocada) e que o Shanim (the cat que eu adotei por livre e espontâneo interesse) lhe faria um bom partido e um ótimo pai para os milhões de pivetes que já habitavam o ventre da branquela. Resumindo, estava ela no paraíso, em um lugar perfeito para um gato morar e constituir família! (Aproveitando a oportunidade: alguém quer um gato?!)Depois de tudo isso, imaginei que não podia esperar mais nada de absurdamente ousado da Siri (prefiro não explicar o porquê do nome, mas não fui eu que o atribui a ela). Bom, pelo menos até hoje. Eis o porquê...

Nesta noite, há poucos instantes eu estava sozinha em casa. Então a campainha tocou uma vez. Esperando a coragem chegar até mim para me fazer levantar ou o visitante desistir e ir embora, demorei a atender, mas a capainha soou de novo. Então larguei o computador e fui ver de quem se tratava. Meio que traumatizada pela invasão de dois assaltantes armados acontecida aqui em casa há alguns meses (detalhes dela ali mais em baixo em outra postagem), fiquei desconfiada pelo silêncio tumular na rua e perguntei antes de abrir: “quem é?”. Em reposta, UM MIAU!! Intrigada, perguntei de novo: “quem é?!”. Outra vez: “miau.” Decidi olhar pela brechinha entre o portão e a parede e, vejam só, estava a Siri calmamente sentada em frente ao portão olhando para cima em direção ao rosto de quem abriria para ela entrar! Só por teimosia, insisti: “quem é?!!”. Ela mudou instantaneamente o olhar de direção e se encaminhou toda faceira de onde a minha voz vinha agora e respondeu vários “miaus” como se dissesse “tu tá surda??? sou eeeeeeeeeeeeu!!!!!!!!”. Então quando eu finalmente abri o portão, não tinha ninguém além dela do lado de fora, e ela entrou displicentemente arrastando a cauda por entre as minhas pernas e agradecendo (ou me xingando ou tirando sarro de mim) com outro miau.

Entendeu?!?? Eu também não!!! Õ.o