Sufocou tanto que quase esqueci a
parte interessante da profissão. As aulas e os atendimentos que me deixaram tão
tonta e extasiada que quase não me permitiram dirigir viva até em casa. As
conversas temáticas com professores e amigos que davam vontade de escrever três
livros em um dia.
Quase entrei no automático. Não,
mentira. Já nos primeiros três dias entendi que não era ali onde deveria ficar
e onde não me dariam a possibilidade de construir alguma coisa legal, nem com
muita insistência. Sei porque insisti. Foi o primeiro contato prático com a
famosa institucionalização tão estudada e discutida na faculdade.
A decisão de ir embora não foi
considerada uma fuga cá com os meus botões, mas, sim, um tiro na contradição.
Recuperei-me aliviada. E finalmente pude terminar de escrever sobre.
Adriane Ponte Cisne
13 de fevereiro de 2015 /
22 de julho de 2015.